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Fotos tiradas em eventos esportivos
Pressão Pré- vestibular
Um estudo que foi publicado em 2003 por pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina entrevistou cerca de 400 vestibulandos e identificou que mais da metade deles sente dificuldade frequente de concentração, dores de cabeça, entre outros. Mas afinal, como evitar estes problemas?
Além disso, um acompanhamento psicológico pode se tornar um grande aliado para estes momentos, isso porque, o profissional será totalmente capaz de orientar o estudante antes, durante os estudos, durante a prova. Por isso, não deixe de consultar um profissional.
O PAPEL DO CONSUMIDOR E O FUTURO DAS AGÊNCIAS DE COMUNICAÇÃO NO ALCAR 2018
Desde 1982 o mercado dos calçados esportivos nunca mais foi o mesmo. O motivo da revolução tem nome: Air Force One. Concebido pelo designer americano, Bill Kilgore, para a prática do basquete, o Air Force One foi um dos primeiros calçados em que a tecnologia das bolhas de ar - Air- foi empregada.
O sucesso é comprovado através das mais de 1.700 combinações de cores lançadas até hoje, e tendo em vista a grande representatividade do produto, a Nike, em parceria com o blog brasileiro Sneakers BR e a loja paulista Guadalupe Store, organizou uma campanha especial para marcar a comemoração dos 35 anos do modelo.
Batizada de “Sneakers BR Friends and Family - 35 anos de Air Force One”, a campanha reuniu 35 profissionais de ramos como design, música, criação de conteúdo e artes plásticas para personalizarem livremente um par calçado. Os profissionais podiam escolher entre as clássicas cores preto ou branco para aplicarem toda a criatividade de suas ideias.
A estratégia representa uma tentativa de aproximação entre os consumidores e influenciadores e a Nike, na tentativa de proporcionar uma nova experiência com um modelo consagrado da marca, mas, por trás do processo, existe um conceito, que acredita na importância do consumidor como co-produtor.
É sobre isso que Waldiane Fialho, Publicitária, especialista em Novas Tecnologias em Comunicação pela Fafi-BH, mestre em Artes Visuais (UFMG) e doutoranda em Administração pela PUC Minas, fala em sua oficina “Um novo modelo de negócio para as agências de publicidade”, na quinta edição do ALCAR, que ocorreu no dia 06 no campus Buritis do UNIBH.
Com duas horas de oficina, Waldiane apresentou aos alunos presentes uma análise escrita por Pyr Marcondes, na qual o autor narra suas visões sobre o futuro das agências de propaganda e o que os profissionais precisam fazer para não se perderem nas mudanças do mercado, tendo entre elas, a aceitação do consumidor como co-produtor. Além disso, o tempo final foi reservado para uma atividade prática realizada no editor de fotos online, Canva, onde foi solicitado que, em duplas, os estudantes montassem infográficos, apontando pontos do texto que foram considerados relevantes. O Alcar Sudeste 2018 ocorreu nos dias 5 e 6 de junho no Centro Universitário de Belo Horizonte, contou com mais de vinte oficinas, ministradas por especialistas e atrações musicais. Comunicação, tecnologia e aprendizados. Não se pode negar que esta edição realmente surpreendeu e cativou quem passou por lá!SAMPLEYS E ÁRVORES EM JURERÊ
Com seu olhar marcante, movimentos precisos e danças hipnotizantes, o conhecido mundialmente como Marquinhos DJ, soltava pelo som dos alto falantes a nova música do momento “Deixa os garoto brincá”. A atenção do público estava mais uma vez nele, assim como nos últimos cinco anos. Contudo, a fama tem seus dois lados, que vai da glória dos fãs e o poder de usar drogas sem ser preso, a perseguição dos haters e da mídia. E nesse show, o ódio veio de quem ele menos esperava, das árvores. Ou melhor, dos seus protetores.
Cansados de encontrarem vídeos e notícias apontando o criador de sampleys de guitarra fumando, urinando e fazendo sexo em locais públicos e verdes, os fundadores da maior máfia do Brasil, o da Greenpeace. Conhecidos por sumir com pessoas que em algum momento da vida já prejudicaram o meio ambiente, criaram o movimento “Acabou a mamata, fumar além de prejudicar, maltrata!” E apresentaram aos brasileiros que concordavam que parte da devastação do meio ambiente ocorre devido ao fumo excessivo de tabaco e maconha, a sua próxima vítima, ou seria vilão?
Mesmo que Jurerê estivesse animada naquela tarde, Marquinhos sentia seu público tenso. Os beijos trocados entre os pseudo casais eram rápidos e as mulheres não ficavam tão próximas do palco. Algo estava errado, mas o artista se negava a acreditar que aquelas pessoas envoltas a tanto álcool e música boa estavam realmente preocupadas com um bando de protetores de plantas. Tudo bem que nos últimos anos, todos os ameaçados por eles desapareceram ou surgiram mortos em algum momento, mas, eram apenas coincidências, não é?!
“Essa gente que acredita em tudo que lê nas redes sociais não merecia nem estar no meu show, desanimando tudo”, reclamou. A música “Eu virei astronauta” saiu no volume máximo das caixas de som, o DJ aproveitou para descer do palco e tomar um ar. Sua indignação era evidente. Não podia acreditar que pela primeira vez em anos, seu show estava sendo uma droga, nem quando tocava em baladas extremamente apertadas em Belo Horizonte elas eram assim. Nem quando ele gravou o vídeo show em cima de um camelo e recebeu críticas durante duas semanas as coisas ficaram dessa forma. Ele se sentia mal.
O grande homem, grande mesmo, pois seus noventa e oito quilos não permitiam que ele passasse despercebido, precisava relaxar e por isso, sem medo do perigo tirou um maço de Derby Azul e acendeu um cigarro. Porém, ele não esperava que em seu próprio show, houvesse infiltrados da máfia esperando apenas o momento certo. Homens vestidos de verde cintilante surgiram em sua frente e um saco foi colocado em sua cabeça. E mesmo que diversas coisas passassem por ela, ele não podia imaginar o que estava por vir.
Quando o carro que o levava finalmente parou, o cheiro das plantas era forte e inundava o interior de suas narinas. Ao tirar o capuz, ele se deparou com um lugar inimaginável. A frase “A grama do vizinho é sempre mais verde” nunca esteve tão certa. O homem à sua frente se apresentou como Pã, e lhe disse, irado, que ali ele iria pagar por todos os desrespeitos a natureza, que lhe dava a vida
O Greenpeace havia conseguido. DJ Marquinhos, enquanto andava pelo local era capaz de ver rostos conhecidos como Juliana Paes, Diego Maradona e até mesmo Michael Jackson estava ali – Marquinhos sempre desconfiou que ele não havia morrido. Então era lá que eles ficavam, confinados no meio do nada, cuidando de plantas. Será que ele seria esquecido com o tempo, assim como todas as pessoas ali?
O tempo passou. E cinco anos após o ocorrido, seria mentira seria se alguém dissesse que foi rápido. Marquinhos, agora conhecido apenas como André, ainda se lembra da época das aventuras de seus dedos pelos bolachões e controles de som. Sem cigarros, drogas e respeitando muito a natureza, ele se prepara para viver uma nova vida. Longe das festas, espalhando muito amor e e-mails solicitando assinaturas para salvar os animais, e, quem sabe, no futuro, se candidatando para algum cargo como integrante do partido Verde? De uma coisa ele tem certeza, Greenpeace continuará a fazer de tudo para salvar o meio ambiente.
A CRONISTA DA ALMA FEMININA E A SOCIEDADE LÍQUIDA DE BAUMAN
“Coisas da vida”, escrito por Martha Medeiros, é um compilado de crônicas publicadas originalmente nos jornais Zero Hora e O Globo entre Setembro de 2003 e Setembro de 2005. E, como o próprio título sugere, essas histórias tratam das relações humanas “e tudo de mágico e de trágico que elas representam numa vida”.
Desde o lançamento do livro, se passaram 12 anos, entretanto, os temas abordados pela autora permanecem extremamente atuais, afinal, a existência é um tema recorrente em uma série de gêneros literários. Mas, o que faz dessas crônicas de Martha Medeiros especiais, é a forma sensível e humanizada de falar sobre todo e qualquer assunto no que diz respeito ao relacionamento entre pessoas e a vida.
Temas como traição, família, casamento, amizade e cotidiano são abordados e discutidos de forma leve e reflexiva em suas crônicas - considerando o contexto de pós-modernidade nos quais elas foram escritas. Enquanto escritora, Martha reafirma nessa obra o título de cronista da alma feminina, ao trazer em suas temáticas, o olhar e a representação de uma minoria que está em constante ritmo de transformação e reconhecimento de papéis na sociedade atual, ao considerar as questões de igualdade de gênero, maternidade e casamento.
Quando se fala sobre pós-modernidade, o sociólogo Zygmunt Bauman dispensa apresentações. Ele é o responsável pelo conceito de “modernidade líquida”, que se refere a fragilidade e insegurança das nossas relações com as coisas e as pessoas numa sociedade repleta de contradições internas. Para Bauman, o principal traço da pós-modernidade advém da batalha entre a liberdade individual em oposição à segurança projetada em torno de uma vida estável.
Escritas no início da era da globalização - fenômeno que consiste no encurtamento das distâncias por meio da união econômica, política, social e cultural - as crônicas de Martha aparecem na qualidade de um retrato despretensioso e leve dessa sociedade que Bauman conceituou como sociedade líquida. A fluidez dos relacionamentos, a busca constante pela satisfação individual, os prós e contras da tecnologia e da globalização e, por fim, os dilemas femininos.
Ao longo do livro, é possível notar a presença da batalha entre a liberdade e a vida estável em várias instâncias. Se em “Interrompendo as buscas”, Martha defende a instituição casamento e as maravilhas propiciadas pela calma de um amor tranquilo, ao passar algumas páginas, chegamos na crônica “Esconderijo Conjugal”, que faz uma crítica ao casamento. A solidão, que sempre pareceu nos proteger, na verdade nos coloca no centro das atenções, permite que coloquem o dedo nas nossas feridas. Já o casamento nos tira da prateleira, nos resguarda, nos esconde tão bem e tão sem alarde que a gente nem percebe que está escondido. p. 91 Outras contradições aparecem quando se trata do feminino. Considerando o passado em que as mulheres estavam destinadas a servir seus maridos e filhos em casa, as histórias de Medeiros trazem as novas contradições inerentes às mulheres contemporâneas nessa luta entre liberdade e vida estável. Qual seria a melhor escolha: monogamia ou poligamia? maternidade ou carreira? Além do processo de desconstrução de padrões de beleza e pensamentos machistas.
Tudo isso aparece de forma despretensiosa, leve e sensível. Já que todas as contradições apresentadas, são comuns do homem moderno. A sensação que dá, é que cada história é feita para nós, ou para alguém que conhecemos. Uma espécie de divã da vida moderna. Afinal, por diversas vezes, temos a impressão que várias dos nossos devaneios e esquisitices foram ali representadas. Ao percorrer por uma série de temas, sem a intenção de doutrinar, ou dar soluções, Martha consegue estimular o pensamento e a reflexão. Também consegue provocar sorrisos, e, porque não, o choro?
Os curtos relatos escritos em primeira pessoa se aproxima de uma conversa informal, por meio do uso frequente dos pronomes você e nós, para estabelecer uma relação com o leitor. E, por vezes, a leitura de outros autores é o gatilho de Medeiros para uma boa crônica. É o caso de “Estrangeirismos”, que despontou da leitura do dicionário de palavras & expressões estrangeiras, escrito por Luiz Augusto Fischer. Cineastas também não ficam para trás, e, por diversas vezes, serviram de inspiração para as histórias da autora, ficando também para os leitores, boas recomendações. Woody Allen aparece como favorito de Martha e é citado em várias ocasiões. Por outras vezes, a observação de um motoboy ao ver os fogos de artifícios pela primeira vez, é o suficiente para fazer a gente refletir sobre as coisas que realmente importam nessa vida.
Ao prezar pela atemporalidade e ao extrair o comportamento social da era pós moderna, “Coisas da Vida” cumpre o seu papel de crônicas que servem como mecanismo para entender como pensavam uma sociedade em um determinado tempo-espaço.
LIBERDADE
De você ela já se libertou há muito tempo. Demorou a perceber, mas foi naquele dia, em que vocês se olharam nos olhos pela última vez. Naquele dia, onde vocês concordaram que a vida seria melhor, se já não fizessem parte um do outro. Ela demorou a perceber, porque dói. Incomoda tanto, que machuca, fere, humilha. Mas passa. E como passa.
Quando ela acabou com você, percebeu que uma parte de si mesma também não voltaria mais. A parte reclusa, temerosa, insegura e triste. A parte que tinha medo de conquistar o novo, pensando em um futuro no qual você seria infeliz. A parte que sofreu tanto com a sua própria personalidade, porque sabia, bem lá no fundo, que a passividade natural de ser ela mesma, a prejudicava.
"Você me engana tão bem Eu finjo que acredito Eu gosto de mentir também Eu só não admito"
E não venha ler isso, e pensar que não é culpa sua. Foi, e, é culpa sua. Porque em todas as vezes que você a humilhou por não ser do jeito que você queria, são lembradas. Todas as vezes que você a criticou sem intenções de fazê-la evoluir, são lembradas. Todas as vezes que você não a apoiou e a "aconselhou" a desistir dos seus sonhos, são lembradas.
Lembradas e refletidas. Repensadas de forma amargurada. E certas de que, não é certo ter que passar por isso.
"Sentir por não te conhecer Deixar por não querer parar Falar por não saber agir"
Você a feriu. Não fisicamente, entretanto, feriu. E essas feridas estão no seu processo final de cicatrização. E a versão dela que hoje lembra disso, sente pena de você. Sério, pena. Porque a ela, só amor. Não amor do outro, mas amor próprio.
O medo de discutir, não existe mais. Hoje, ela quer falar. A autoestima está sendo trabalhada e cada conquista é um pouco mais especial. E felizmente você já não está por perto para ver isso.
Ao lado dela, só pessoas que a enxergam e valorizam o que veem, sem a necessidade de mudá-la para encaixá-la nos moldes. E isso não quer dizer que ela não quer mudanças. Todos os dias está lá, a mesma vontade de ser melhor, mas sem nunca deixar de ser ela.
A melhor forma de viver é se libertar do nó que as pessoas fizeram em você. Demora um pouco para encontrar o caminho certo a se trilhar, mas a recompensa é a melhor parte... o momento em que finalmente é possível... ser.
Liberdade, rapaz. Liberdade.
RONALDO SILVESTRE - PERFIL
O pico de Itabirito foi moído e exportado sim, Drummond. É bem verdade. Mas, essa pequena cidadezinha do interior de Minas Gerais, com pouco mais de 100 mil habitantes, tem buscado novas possibilidades para diversificar sua economia.
Trata-se de um grupo de mulheres que, dotadas de certo talentos manuais, passaram a produzir roupas para gente importante desse mundo vasto mundo, Gauche.
Essa história começou há dez anos, com um itabirano chamado Ronaldo Silvestre. Ele, assim como você, também produz arte. Mas não com as palavras. E sim com as mãos.
Depois de vencer um concurso de talentos no Minas Trend, em 2016 - que é um dos principais eventos de moda da América Latina - esse estilista passou a mostrar nas passarelas toda a cultura dessa cidade.
No ano passado, em 2017, o estilista fez sua estreia no desfile principal daquela passarela cheia de plumas, pompas e paetês. E você acredita que ele se inspirou no conto “Maio - A perigosa Yara” de uma grande amiga sua? Isso mesmo. A musa inspiradora foi a Clarice Lispector.
“Ela [Clarice] conheceu as manualidades e começou a trabalhar isso. Eu quis transpor justamente na figura da Yara, o pensamento das mulheres nordestinas, mineiras e do Brasil inteiro”, conta o estilista.
Com um trabalho aprofundado na cultura mineira focado no resgate de mulheres que, à margem dos grandes centros, não tem um saber para adentrar no mercado de trabalho, Ronaldo tem o desejo de fazer de Itabira mais que uma fotografia na parede.
"Itabira precisa perder o bairrismo de fazer para o itabirano. Quero mostrar o valor do nosso artesanato para o mundo inteiro".
Tudo isso, claro, sem perder as raízes características do pequeno município.
"A moda para mim é como um estilingue, é olhar para as minhas raízes lá em Itabira, ver minha mãe costurando e minha avó fazendo crochê. Aquelas lembranças se traduziam no meu desing e eu soltei para o mundo.", explica.
Mas Ronaldo não constrói as vitórias-régias e os mistérios da Yara, de Clarice, sozinho. Para desvendar os segredos do feminino da poeta, ele precisou contar com a ajuda de algumas operárias do mar.
Para criar texturas e bordados que fazem parte da sua arte, Ronaldo recorreu às mulheres do Instituto Tecendo Itabira. Uma organização sem fins lucrativos que profissionaliza e prepara mulheres a partir dos 18 anos para atuar nos mais variados da indústria têxtil.
O núcleo é estruturado em 2 eixos: capacitação profissional, que oferece qualificação básica em moda, design e Artesanato, comunicação, gastronomia e artes. E o segundo, que é a incubadora de negócios para essas áreas.
De mãos dadas com elas, o estilista fez da moda um agente de transformação social. E isso não é uma rima. Mas, talvez, é uma solução para quem não tinha espaço no mercado de trabalho.
“Não tem como a gente não olhar para a situação de mulheres carentes, que têm filhos no presídios, mas estão lá, sobrevivendo, com vontade de vencer. Um salário digno e uma cesta básica já ajuda muito a melhoria da qualidade de vida. Ela pode não transformar a realidade do filho, mas ela pode transformar a realidade de um neto, dos vizinhos e construir um futuro melhor."
O mundo é grande. Outra verdade. Mas nessa de construir um futuro aqui e acolá, essas operárias do mar chegaram longe, viu?
Imagina só: um vestido de Itabira ser destaque num tapete vermelho, em Hollywood. É chique no último, sô! Uma modelo, chamada Carol Ribeiro, que é filha do astro The Rock - um grandão de protagonizou Velozes e Furiosos, usou uma peça feita à mão por elas. Outra modelo, a Isabella Fiorentino, também mostrou a mineirice da roupa por lá. Para aquelas mulheres, foi um orgulho que só.
“Quando uma costureira de Itabira produz para uma marca x e a roupa é vestida por uma celebridade, por uma Isabella Fiorentino, como foi o caso, ela fala assim ‘eu não acredito que foi eu que fiz’. Aí você vê o agente de transformação”, conta Ronaldo.
Sabe, Carlos, construir uma roupa dá muito trabalho. E tem uma pedra no caminho disso tudo. A natureza.
Desde que o mundo é mundo a moda está ligada ao consumismo, a futilidade e a vaidade. E para sustentar tudo isso é preciso devastar nossa mãe natureza.
E se a gente acabar com a natureza, só vai nos restar fazer que nem aquele seu poema: “e agora, josé?”.
Mas nesse papo com o Ronaldo, ele contou algo bem bacana. Na moda, tem gente preocupada sim em não devastar nosso principal patrimônio.
"No processo orgânico, eu desconstruí os tecidos. Como eu trabalho com um projeto de desenvolvimento social, eu pensei: o que a gente tem de descarte dentro das indústrias? Fábricas de uniforme. Com uma ‘tirazinha’ de jeans, nós pegamos o passante da calça jeans e nós bordamos todas as peças (..) Aí o produto chega no mercado com outro olhar e as pessoas pensam: é passante? É, uai".
A natureza não faz apenas milagres, faz revelações e o destino tratou de revelhar essas mulheres...
O relógio da vida Mães e pais universitários contam as dores e as belezas de ter uma criança
“Fim de um período de 13 meses em que não nos desgrudamos para nada e, agora, vou ficar fora por algumas horas, contando os minutos para voltar para a casa”. A frase, dita pela estudante de Letras, Ana Luíza Fuchs, de 22 anos, retrata o momento em que o semestre iniciou, novamente, e precisou deixar a pequena Helena, de quatro meses, em casa enquanto se apegava ao relógio, contando os segundos para retornar e ter a criança novamente em seus braços. Ponteiro por ponteiro. O coração bate, fazendo coro às batidas que o relógio insiste em fazer.
Durante o período em que esteve grávida, até a hora do nascimento da filha, Ana viu a maternidade para além do lado romântico e propõe, com frequência, problematizações sobre o tema. Desde os machismos contra mães – jovens – até violência obstétrica, passando pelas leis de licença maternidade e a polêmica em torno da amamentação em público, a estudante confidência à sua filha, por meio de cartas, como tem sido difícil e, ao mesmo tempo, bonito essa vivência como mãe. “Mas não pense nunca, meu amor, que a dificuldade vem de você! As nossas dificuldades nós duas vencemos sozinhas, e driblamos a inexperiência e as feridas, a dor do começo, e hoje podemos dizer que passamos por tudo porque fomos fortes e persistentes”, assegura.
NUANCES No Brasil, as mães universitárias estão amparadas para ficarem com as crianças durante os três primeiros meses, desde o oitavo mês de gestação. A lei foi sancionada em 1975 – pasme, leitor do IMPRESSÃO – pelo então presidente Ernesto Geisel. Com cabelos curtos e longas críticas aos modelos tradicionais, Ana Luíza critica a licença, levando em conta que a amamentação deve ser feita até o sexto mês de vida da criança: “Amamentar no Brasil é ato político, e é difícil demais. Fossem só meus peitos feridos com o início da amamentação o problema, estaríamos resolvidas e as coisas seriam bem mais fáceis”.
“É uma treta. Uma treta gostosa, bonitinha, transformadora. Mas, ainda uma treta”. Segundo Ana Luíza, a maternidade requer uma doação para além do máximo que se pode oferecer. E, mesmo que durante conversas jogadas ao vento, alguém ainda continue achando que continuará vivendo a vida de forma pontual, não é bem assim que a banda toca. Ou melhor, que o bebê chora. A vida muda, mas isso não quer dizer, necessariamente, que seja uma mudança ruim. “A gente muda, sim. Porque o amor transforma. Mesmo. Sem clichê barato! É isso que acontece e, de repente, tudo parece maior do que é”, surpreende as candidatas à maternidade.GRÁVIDOS
Embora sejam elas que carregam, por meses, os pais também precisam de adaptação e calma para aprender a lidar com as mudanças. Não só na vida universitária, mas no cotidiano como um todo.
Reconhecendo que uma criança muda a vida, mas que nem tanto para os homens, o pai de Helena precisou adequar alguns horários da faculdade de Arqueologia. "Com certeza a vida mudou depois da Helena. A gente precisou adequar a logística. Não tem mais aquela coisa de sair dia de semana para beber, por exemplo", afirma Paulo, de 28 anos.
"Quanto ao trabalho e aos estudos, a Ana realmente é mais afetada. Porque a Helena depende dela para se alimentar", afirma. Segundo ele, no emprego, por exemplo, o homem é visto de forma diferente da mulher quando o assunto é filhos. "Nós somos enxergados como aqueles que têm responsabilidade, enquanto elas são as vão precisar faltar para levar o filho ao médico", disse o estudante.
Para Hugo Lima, 26 anos, estudante do 4° período de Nutrição, descobrir a gravidez de sua namorada após três meses namorando oficialmente não foi nada fácil. “Além de compreender as necessidades dela, precisei lidar com o julgamento da família, zoações dos amigos e principalmente, comigo mesmo”, afirma.
Em contrapartida, Ronaldo Coelho, 30 anos, graduado em Economia diz que no primeiro momento a sua reação foi negar. “Eu não acreditava que deveria interromper os meus momentos de curtição para passar a me preocupar com uma criança. E, por isso, no início não foi fácil, deixei a mãe do bebê sozinha e lidando com o problema. Mas, após um tempo percebi que não era o certo, eu precisava agir. Hoje com 2 anos, posso dizer que o meu filho é a minha maior vitória”, comemora. Contudo, ele também ressalta, com tristeza no olhar, que para ser capaz de oferecer a assistência necessária a sua família, precisou abrir mão de trabalhar na área e iniciou trabalhos de motorista particular.
Inusitadamente para Guilherme Gonçalves, 27 anos, as coisas foram totalmente diferentes. Com um brilho no olhar, ele conta ao IMPRESSÃO que mesmo estando no 3° período de Gestão Ambiental, a gravidez de sua esposa foi totalmente planejada e bem-vinda. “Podemos desejar que o tempo nos espere. Mas, ele passa e precisamos continuar a nossa família. Estou mais do que satisfeito em desdobrar o meu tempo para cuidar da minha esposa e do meu filho. A ansiedade para que Junho chegue logo é indescritível”, diz, animado, Guilherme.
BOX - NOPI
Ao questionarmos o Nopi (Núcleo de Orientação Psicopedagógica e Inclusão) sobre a assistência e recepção de alunas gestantes que chegam ao núcleo, nos é informado que a equipe atende a todas as interessadas no serviço, mesmo que seja para indicá-las a outra área. O Nopi do UNIBH tem como função principal auxiliar no desenvolvimento integral dos discentes, docentes e colaboradores construindo um ambiente inclusivo fundamentado nos princípios da diversidade, da solidariedade, do diálogo e do respeito às diferenças.